Mais espaço, mais segurança, equipamentos de ponta e uma estrutura adequada para atender o aumento de demanda com a nova fase da NanoBrasil: desenvolver soluções nanométricas sob demanda para a indústria.
O laboratório situado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) faz parte de uma fase estratégica da empresa, que já vislumbra o credenciamento BPL (Boas Práticas Laboratoriais) e do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
“Tínhamos um laboratório muito simples para atender demandas internas mais corriqueiras. Percebemos que precisávamos, além de criar uma especialização maior das atividades, ter uma acreditação, o que devemos conseguir até o fim deste ano”, afirma o CEO e cofundador, Lucio Coelho.
Nova capacidade
A nova instalação dobrou o tamanho para 40 metros quadrados e deve chegar a 60 metros quadrados em breve. E passou por uma reformulação completa para atender às necessidades atuais e futuras da NanoBrasil.
“A gente tem parcerias com laboratórios, principalmente aqui da UFMG, especialmente por ter essa proximidade geográfica e institucional por causa do BH-TEC. Mas precisávamos ter esse aumento de capacidade também dentro de casa”, reforça Coelho.

Entre os novos equipamentos, estão o exaustor de ambiente de alta performance, que promove a segurança durante o trabalho com nanopartículas, e a capela de exaustão, responsável por sugar vapores tóxicos e proteger os profissionais durante manipulações mais sensíveis.
“Adquirimos alguns equipamentos que não são tão corriqueiros em laboratórios de empresas, normalmente são presentes em laboratórios mais estruturados. Temos estufas de alta precisão; misturadores de teste piloto, que é bem mais potente; misturador de pó em V, entre outros”, enumero o CEO.
O novo misturador de pós
A máquina misturadora de pós é a mais nova aquisição da NanoBrasil e será usada em projetos voltados para as áreas de solos e concretos – segmentos que estão ganhando força no portfólio da empresa.
“As nossas soluções, até agora, eram quase todas líquidas. Identificamos que parte do mercado, em especial da mineração e do agro, está demandando produtos e soluções secas”, explica o diretor comercial e cofundador da NanoBrasil, Oscar Geigner.
“Com esse misturador de última geração, atualizamos com o que tem de melhor para o desenvolvimento de soluções secas. Tanto para o agro, em especial para a cama de aviário, quanto para a mineração”, complementa.
O novo misturador possibilita a homogeneização perfeita das nanopartículas entre si ou com a base do cliente. Ou seja, a indústria compartilha um problema ou um ponto a ser aperfeiçoado e a equipe de cientistas da NanoBrasil desenvolve uma solução com nanopartículas a partir da base já usada pela empresa interessada.
“Tem uma alta potência comparada à mistura humana, além de permitir a padronização de processos. O que impacta positivamente no resultado final da atividade”, explica a analista de laboratório da NanoBrasil, Mariana Magalhães.

O equipamento chegou ao laboratório neste mês e tem escala de velocidade até 35 RPM, além de um timer para programar o tempo em que as nanopartículas precisam ser misturadas.
“Você deposita a quantidade desejada de nanopartícula, seja de cobre, alumínio ou qualquer outro material. O misturador garante homogeneidade e as automatizações citadas, como tempo e potência”, reforça a estudiosa.


